Sunday, June 14, 2009

Acontecimentos - Events

No 10 de Junho fui agraciado com a Ordem da Liberdade, entregue pelo Presidente da Republica, Professor Dr. Anibal Cavaco Silva.

A revista portuguesa BLITZ incluiu-me na lista das melhores vozes portuguesas de sempre.

Estas honras deixam-me profundamente agradecido.


On June 10th I was given the "Ordem da Liberdade" (Liberty Order), by Portugal's President, Professor Dr. Anibal Cavaco Silva.

The Portuguese magazine BLITZ included me in the list of the best Portuguese voices of all times.

I humbly appreciate these attentions and honors.

2 comments:

  1. É um presente que aqui lhe deixo, como agradecimento pelo tudo que tem feito pela música portuguesa:

    COMBOIO DE PORCELANA

    Sou o comboio nos carris da audiência
    Levo os modelos dos pastéis de nata
    As cartas dos jogos de paciência
    E os corpos dos novos heróis da lata

    É o comboio de porcelana
    Com os sonhos do paraíso
    Que assolam a crise humana
    Quando as noites são de granizo

    Apito os meus sons de concorrência
    Ouço as loucuras dos filhos da fama
    As belezas que mascam a violência
    E as magrezas que despem o seu drama

    Os carris são delicadezas puras
    Levam os faros que trocam as manhas
    As festas loucas das carnes maduras
    E estilos que são quartos de campanhas

    Não escolho as estações da atracção
    São os ímans dos sexos musculados
    Os travões que gemem na contracção
    Os loucos que provam guiões congelados

    Sou um comboio que a moda aprova
    E as vítimas de luxo são actores
    Que traçam planos que ninguém renova
    Porque os carris são velhos impostores

    Os passageiros destas viagens fúteis
    São Carnavais de gente sem escolha
    Gostam do comboio das horas inúteis
    E celebram a nova lei da rolha


    Sou o comboio nos carris da aparência
    Onde os velhos espelhos das lembranças
    Vão beijando os reflexos da cadência
    Com o coro afinado das vinganças.

    É o comboio de porcelana
    Com os sonhos do paraíso
    Que assolam a crise humana
    Quando as noites são de granizo.

    Jorge Brasil Mesquita

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